Partido Comunista do Canadá condena bombardeamento do Irão por parte de Israel e apela a que Otava tome medidas concretas de imediato

O Partido Comunista do Canadá emitiu hoje uma declaração a condenar o bombardeamento ilegal e irresponsável do Irão por parte de Israel.

«Esta agressão ‘preventiva’ viola flagrantemente o direito internacional e constitui um crime assassino, que apresenta o risco uma escalada catastrófica. O ataque assenta em pretextos falsos: até os serviços de informações dos EUA confirmam que o Irão não tem um programa ativo de armamento nuclear. As ações de Israel configuram uma agressão apoiada pelo imperialismo, não um ato de autodefesa.»

O Partido descreve o bombardeamento como mais uma prova do papel de Israel enquanto principal aliado militar dos EUA na região, apontando diretamente para o conhecimento prévio e o encorajamento de Washington relativamente ao ataque.

«Não é coincidência que este ataque tenha ocorrido apenas dias antes da sexta ronda de negociações nucleares entre o Irão e os Estados Unidos e que Trump tenha imediatamente apelado ao Irão para assinar um acordo ‘antes que seja tarde demais’. Isto demonstra claramente que estes bombardeamentos visam enfraquecer o Irão antes das negociações e forçá-lo a aceitar um acordo ditado pelos interesses do imperialismo norte-americano.»

O ataque de Israel contribui ainda mais para a perigosa tendência de alargamento da guerra na região. O enorme aumento do orçamento militar do Canadá – Mark Carney comprometeu-se recentemente a atingir a meta arbitrária de 2% do PIB imposta pela NATO já no próximo ano – torna o país cúmplice do aumento do militarismo, da instabilidade e do risco de guerra.

«Este é um momento crítico para que todas as forças pró-paz e democráticas no Canadá e a nível global exijam que o governo canadiano condene imediatamente este ataque e tome medidas firmes contra Israel», afirmou o Partido Comunista. A ação por parte de Otava deve incluir «o apoio ao movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), o fim de todos os laços diplomáticos e económicos, e a adesão ao apelo por um fim imediato à agressão israelita, um travão à escalada do conflito, a rejeição da militarização do Canadá e a resistência à marcha para uma guerra mundial.»