O Congresso Judaico Anti-Sionista, realizado em Viena entre 13 e 15 de junho de 2025, reuniu mais de 1000 participantes judeus e não judeus, que apelaram ao cumprimento da Convenção sobre o Genocídio, exigindo medidas urgentes para travar o genocídio em curso em Gaza, incluindo a suspensão de Israel da ONU.
A declaração condena os crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos por Israel — como genocídio, limpeza étnica, apartheid militarizado e bloqueios — sublinhando que nada disto seria possível sem o apoio militar, financeiro e diplomático das potências ocidentais, especialmente os EUA, UE, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
O Congresso defende a resistência do povo palestiniano, denuncia a passividade da ONU relativamente à proteção dos palestinianos e compara a situação com a suspensão da África do Sul da ONU durante o apartheid.
Apelam também à suspensão do Acordo de Associação UE-Israel e à implementação total do movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Exigem o levantamento do bloqueio a Gaza, a retirada das tropas israelitas dos territórios ocupados desde 1948 e 1967, e a devolução dos direitos aos refugiados palestinianos.
Criticam ainda os ataques de Israel contra o Irão, exigem sanções contra Israel e contra os países que o apoiam, e defendem o desmantelamento do seu arsenal nuclear sob supervisão internacional.
Por fim, apelam aos judeus de todo o mundo para rejeitarem o sionismo, negarem a legitimidade de Israel e se solidarizarem com o povo palestiniano, rejeitando a falsa equivalência entre judaísmo e sionismo, que consideram ser uma forma de verdadeiro antissemitismo.
Está já previsto um segundo congresso para 2026, com o objetivo de alargar esta iniciativa a nível global.
Fonte: https://www.palestinechronicle.com/in-final-statement-jewish-anti-zionist-congress-calls-for-suspension-of-israel-from-un/
