
A 21 de abril de 1967, há 58 anos, a ditadura militar dos coronéis tomou o poder na Grécia, reprimindo brutalmente os comunistas e os movimentos populares. O golpe foi possível graças aos laços estreitos entre os militares, a monarquia, os capitalistas gregos e as potências ocidentais, em especial os EUA e a NATO.
A ditadura foi expressão das contradições internas do sistema capitalista grego e serviu para manter os interesses do grande capital, perseguindo ferozmente o KKE e outras forças progressistas. Apesar da repressão, o KKE organizou a resistência clandestina desde o primeiro momento, com destaque para a fundação da KNE, a luta estudantil e o levantamento do Politécnico em 1973.
A queda da ditadura em 1974 não trouxe uma verdadeira rutura. O sistema capitalista manteve-se intacto, com os governos da chamada democracia a continuarem a servir os interesses dos monopólios, a reprimir lutas sociais e a envolver-se nos conflitos imperialistas, como hoje se vê na Ucrânia e no apoio incondicional ao Estado de Israel.
O Estado grego continua a atacar os direitos laborais e sociais, a destruir os serviços públicos, a promover relações de trabalho precárias e a reescrever a história com propaganda anticomunista. Face a esta realidade, o KKE apela à unidade da classe trabalhadora e dos setores populares que se unam de forma combativa contra o sistema capitalista.
Fortalecer o KKE é essencial para abrir caminho a uma sociedade socialista, livre da exploração, das guerras e da opressão.