(Resumo)
11 de agosto de 2025
O Comité Central do Partido Comunista Palestiniano reuniu-se no contexto da escalada de acontecimentos na Palestina, especialmente em Gaza e na Cisjordânia e da conspiração internacional e regional contra os direitos do povo palestiniano. Após ampla discussão, foi emitida a seguinte declaração:
- Condenação da agressão em Gaza – A expansão das operações militares de Israel é parte de uma política contínua de genocídio e limpeza étnica. O Partido apela ao reforço da resistência em todas as formas (política, popular e armada) e exige a entrada imediata de ajuda humanitária.
- Rejeição de conferências internacionais enganadoras – Denúncia de encontros como a conferência de Nova Iorque (patrocinada pela Arábia Saudita e França), que, sob pretexto de apoiar a Palestina, exigem o desarmamento da resistência, favorecendo o ocupante.
- Críticas à Autoridade Palestiniana (AP) e à direção da OLP – A insistência em eleições para o Conselho Nacional apenas aprofunda divisões. O Partido defende a reconstrução da OLP em bases nacionais e revolucionárias, envolvendo todas as facções.
- Apelo à Autoridade Palestiniana para assumir a resistência – A AP transformou-se num instrumento de coordenação securitária com Israel. O Comité Central exige a revisão das suas políticas e a adoção de um programa nacional de libertação.
- Rejeição da decisão do Knesset sobre a Cisjordânia – Considerada uma etapa do projeto sionista de controlo total da Palestina histórica, com apoio do imperialismo mundial e de regimes árabes reacionários.
- Visão do Partido para a solução – Só é aceitável uma solução que termine totalmente com a ocupação, estabeleça um Estado palestiniano independente em todo o território nacional, com Jerusalém como capital, e assegure o direito pleno de retorno dos refugiados.
- Apelo à unidade nacional – Convocação de todas as forças anti-Oslo e contra a ocupação para formar uma frente de resistência unida até à libertação completa.
Situação árabe:
- Síria – Apoio à unidade nacional contra planos de partilha e ingerências externas.
- Líbano – Condenação da retirada forçada das armas da resistência, vista como submissão a Israel e EUA.
- Iémen – Saúda a resistência do povo iemenita pelo apoio concreto a Gaza.
- Regimes normalizadores – Condenação dos governos árabes que mantêm relações com Israel apesar dos massacres.
Situação internacional:
Os conflitos entre potências (Rússia vs. NATO, EUA vs. China) são disputas imperialistas pelos mercados e recursos, não lutas de libertação. Os comunistas devem rejeitar a instrumentalização dessas guerras contra os povos.
Opção socialista:
O Partido reafirma que a saída para guerras, pobreza e exploração é o socialismo, que assegura a distribuição justa da riqueza e impede a ascensão do fascismo.
Glória aos mártires, liberdade aos prisioneiros, vitória ao povo palestiniano e à sua resistência.
— Comité Central do Partido Comunista Palestiniano
Fonte: https://mltoday.com/statement-by-the-palestinian-communist-party/
